http://janemcmaster.wordpress.com/2011/11/16/international-day-of-tolerance/
A
coexistência totalmente pacífica entre os homens é, provavelmente,
uma utopia.
Como diria Miss
Marple, a natureza humana sendo como é, a interação entre as
diferenças será sempre um ideal dificilmente possível. Porém,
entre o absurdamente agressivo mundo em que vivemos hoje e uma
paradisíaca Atlândida fabulosa, talvez fosse mais sensato abrir mão
de carregar mais areia do que pode nosso pequeno Volvo e nos
empenharmos em começar pelo micro, antes de querer abraçar o macro.
Enquanto tagarelamos
sobre os maravilhosos mundos que queremos ou poderíamos criar se
isto ou se aquilo, na verdade estamos apenas teorizando e só dizendo
coisas.
Por mais bonitas que
sejam, palavras apenas não mudam nada.
Com tanto blabláblá
sobre lindos mundos (e sobre alguns não tão lindos, na minha
opinião), o fato é que os ajustes realmente possíveis e
verdadeiramente transformadores são descartados como café pequeno,
pois parecem sumir diante da retumbância dos mega projetos,
esotéricos ou científicos, para uma Terra perfeita.
Noves fora, a
verdade é que não se faz coisa alguma. Não onde realmente
importa, isto é, dentro de nós. No fundo, todos querem um novo
messias, uma solução externa, um papai que nos redima ou salve, um
manual prêt-à-porter para seguir como ovelha, sem refletir,
sem questionar e sem ter que concluir com autonomia.
Um planeta melhor e
uma humanidade decente acontecem unicamente, exclusivamente, pela
transformação do coração e da mente em cada indivíduo,
em você e em mim, no seu vizinho e no seu filho, no soldado e no
cobrador de ônibus, no carteiro e no banqueiro, na professora e na
prostituta, na dona de casa e na balconista, na executiva e no
faxineiro.
Seres melhores é
que fazem um mundo melhor e seres melhores só o são se o forem no
coração e na alma.
Um coração
genuinamente compassivo, uma mente verdadeiramente tolerante, uma
disposição honesta à interação fraterna: esses são os alicerces
de um ser efetivamente mais elevado. O resto será consequência.
Do latim exvigilare,
fazer vigília, veio vigilare, velare, que, em
francês virou éveiller e finalmente réveiller,
acordar, reanimar. Réveillon, então, é despertar e, em
português, despertar é tirar do
sono, sair da inércia, readquirir ânimo ou força.
Mentalizo
por esse novo ânimo, por essa nova força, por esse olhar desperto e
pelo entendimento de quem somos e do que podemos ser. Rezo pela
tolerância, pela aceitação das diferenças, pela sofisticação na
forma de olhar para dentro e para fora, pelo amor fraterno.
Que o Réveillon de
hoje verdadeiramente nos desperte e nos reanime e que 2012 seja o ano
no qual, maravilhosa e milagrosamente, cada um de nós, finalmente,
avance com passos reais em direção ao seu ser mais luminar.
http://www.goldmadesimplenews.com
Lindo, real. Como sempre uma delícia de ler. Quando esse dia chegar.... o tal dia onde todos nós verdadeiramente olharmos para dentro de nós mesmos e notar que quando olhamos nos olhos do outro em sua irís lá estaremos refletidos.... e isso significa que nós no outro tb estamos.... ah! querida.... daí sim..... avançaremos para quarta, quinta etc dimensões. Enqto isso não acontece..... Feliz Ano Novo para você!!!!!! bjs
ResponderExcluirSeu espaço ficou lindo, Ivana! Uma linda cara, com jeito de ótimo astral, assim como o que vc escreveu e compartilhou. E é exatamente isto, como posso querer mudar o mundo, se o meu mundo não muda? Tem que ter força, tem que ter alegria, tem que acreditar que tudo começa de nós mesmos. Não é fácil, mas é o real caminho! Um grande abraço e muito, muito obrigada!
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