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EXPLICANDO AS VEREDAS: SACERDOTISA E IMPERATRIZ


O caminho da Sacerdotisa, arcano II:

http://www.gtp.gr/TDirectoryDetails.asp?ID=14630


Para quem reconheceu o local, ficou mais fácil: é o Oráculo de Delfos. Mas mesmo sem saber disso, este caminho imediatamente revela ser algo muito antigo, algo que ali está desde tempos imemoriais
Embora nem sempre muito fácil de trilhar, pelas suas duras pedras do caminho, sua orientação nos leva ao alto, nos elevae as marcas do chão claramente deixam ver que milhares trilham a mesma senda. É fácil deduzir que busquem acolhimentorespostas ou revelações naquela edificação ao fundo, já que ela é, nesse estágio árido e descampado, o único teto que pode nos abrigar e onde podemos nos apoiar e mesmo reconectar com essa estabilidade ou sabedoria milenar. A isso em geral damos o nome de intuição.
Há, ao fundo, um encontro visual que sugere a interação subliminar e congruente entre masculino e feminino, entre a montanha mais escura e mais pedregosa e esta mais clara e com vegetação. Este é, portanto, o caminho do feminino ideal, ancestral, essencial ou fundamental, onde a mulher primeira, embora capaz de gestar, alça-se ao lugar de oráculo perene e nos oferece o estímulo à compreensão dessa força dentro de todos nós.

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O caminho da Imperatriz, arcano III:

http://homepages.ihug.co.nz/~fiski/c2c/c2c01.html


Esta imagem gerou reações curiosas.
A ideia mais óbvia, que literalmente salta aos olhos, é a de uma vagina. No entanto, por pudor ou autocensura, foram poucos os que a reconheceram ou a expressaram.
A maioria se perdeu nas nuvens de chuva acima, em geral aliando-as à ideia de risco, sombra ou perigo, o que me diz algo de como vários de nós estão sentindo a vida.
No entanto, embora a ideia de futura chuva seja pertinente, o que há no presente é sol, um sol potente, dourando as espigas e garantindo a fartura da mãe Terra, um ensinamento básico para a existência, aliás.
Assim, uma vagina feita de trigo e sol, com um caminho por onde se pode entrar, esconder e também sair, é uma imagem de mulher concreta, prosperidade, alimento e nutrição, acolhimento, sexo, gestação, parto, mãe efetiva, mulher regrada e regradora.  
Este é o caminho do feminino concreto, da mulher que traduz o espiritual em carne e o traz à luz e então lhe ensina toda a base necessária ao viver
E, sim, ela será sempre um porto seguro, mesmo diante da chuva, pareça-nos ela sombria, ameaçadora ou não...rs.

15 comentários:

  1. Boa noite querida Ivana!Nossa, muito interessante mesmo!
    Eu tinha olhado só para o horizonte..pensando em abrir caminhos em meios difíceis...nunca desistir..coisas desse tipo..rs
    Vc tem razão..deve ser assim que enxergo as imagens..emprestei meu olhar e criei uma nova forma..puxa..to gostando muito!! :)
    Obrigadaa!

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    1. Oi Ines querida,
      Pois é, vc vê como estamos embaralhados...rs.
      Para refletir com isenção, antes de qualquer elaboração psíquica tem que haver a detecção clara do que realmente está ali; depois começamos a inferir certas coisas, mas as mais evidentes primeiro; só aí é que podemos dar asas à projeção pessoal tendo a certeza de estarmos nos baseando na realidade e não unicamente naquilo que psiquicamente projetamos sobre o outro, seja ele uma pessoa, um local, um evento ou ainda um objeto.
      Com tanta informação aparentemente verídica sendo despejada na nossa cabeça 24hs por dia, não percebemos, mas vamos nos afastando da visão clara e destreinando mais e mais o pensar isento e autônomo. E eu vejo que o exercício lúdico do tarô pode nos devolver essa capacidade.
      Que bom que vc está curtindo, fico feliz!
      Bjssss

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    2. oieeee!!!
      To sim, bastante!!!
      Muito obrigada por partilhar seus conhecimentos!
      Vamos em frente!! ebaaaa!!
      tem mais imagens!! :))

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  2. Interessante, Ivana, o que voce escreveu sobre a sacerdotiza. Nós aqui "de fora" dessa ciencia e principalmente do que veio em sua mente , tentamos através do que a proposta inicial informou, deixar aqui algo psicologicamente ou intuitivamente quis nos dizer tais imagens. Escrevi sobre "Beleza" bem resumido , e creio me aproximei muito, não sei, pq a beleza (digo interior que exterioriza-se) é a união entre essas forças que voce descreveu, de uma forma conscientizada.

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    1. Oi Dalsan,
      Pois é, mas, justamente, o intuito deste exercício é resgatar a coerência entre as etapas da percepção. Qdo a gente olha uma imagem, seja ela outra pessoa, uma cena ou um evento, nossa tendência é a projeção de algo nosso, pessoal, sobre o que vemos.
      No caso da observação da realidade, para ancorar o olhar é preciso, antes, constatar o básico (ou concreto) e só então ir passando para as inferências, intuições ou "poetizações".
      Minha sugestão é que vc volte na imagem da Sacerdotisa e liste o que vê, o que realmente está ali na foto: a textura do chão, as cores, a presença de plantas ou não e onde, a idade dos objetos, seu estado etc. Pq o que eu sinto no teu olhar é que, dependendo do que observa, vc processa o pensamento mto rápido, então considera esses dados mto rapidamente e já parte para a dedução ou "poetização", como quem tem um olhar mais artístico e enxerga (ou prefere enxergar) só o que alça a imaginação.
      Em tempo: não é uma questão de estar certo ou errado!..rs. Claro, o tarô não é algo vago, cada carta tem sim seus próprios atributos, mas no caso deste exercício mais do que acertar esses atributos, a brincadeira é rever a forma como olhamos para as coisas.
      Por ex., o conceito de beleza, interior ou exterior, não é um atributo que realmente sintetize a Sacerdotisa, exceto num sentido mais lírico. O que acho ser provável é que vc, sendo homem, tenha essa ideia de beleza fundida ao conceito de feminino primordial e por isso vc o entende como se fossem quase sinônimos, quase uma novilíngua, onde beleza significa feminino essencial...rs. Mas pense na Medusa; ela tb é um exemplo de Sacerdotisa...
      Bjs

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    2. Ainda bem que nao li aqui um "vá se tratar" - kkkkkkkkkkkkkkkk senão eu sumia do brógui...kkkkkk. De fato vc acerta no "sentido primordial", como um gnostico e a sabedoria ou um Dante frente 'a Beatriz. Coisa de romantico e muito exigente. deixa pra lá....rs...

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    3. Ah....a Medusa tenho capacidade em arrancar as cabeças horrendas...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk - mas quanta paciencia!!! rssrs

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    4. Dalsan, to pra conhecer quem não precise "se tratar"...rsrs. Mas só faço essa sugestão qdo a pessoa já tá mesmo batendo pino de vez... Vc ainda tá no nível doido sob controle, como a maioria (e eu!)....kkkkkkkkk

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  3. sobre meu comentario da imperatriz...bem....kkkk....lá no fundo é algo escuro mesmo...kkkkkkkk

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    1. kkkkkkkkkkkk.... É, não deixa de ser...rsrs.

      Dalsan querido, os arcanos que remetem ao universo feminino, como a Sacerdotisa e a Imperatriz, não são super simples de interiorizar, especialmente para os homens. Todos temos nas costas e cabeças milênios de formatação patriarcal/chauvinista (o que inclui a idealização do feminino) e não é simples reencontrar na alma o conhecimento do ser feminino e do ser masculino essenciais ou primordiais.
      Talvez se eu te disser que a Sacerdotisa é colo de tutora ou professora e a Imperatriz é colo de mãe, isso te dê algum dado melhor, para captar algo intuitivamente.
      Bjs

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    2. Aquilo do anima e animus né Ivana .Não é dificil não, eu creio acabamos refletindo no sexo oposto a mulher que o homem carrega dentro - e vice-versa no caso da mulher. Talvez nao soube perceber melhor isso, e inclusive a pressa relatada por vc, mas como sou discreto, vou expondo melhor algo mais. Acho...sei lá...rs

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    3. Refletimos isso, mas tb refletimos os primeiros modelos de mulher e de homem que recebemos, em geral dos pais e das primeiras interações, como escola, amiguinhos do bairro etc. E se as próprias mulheres tem dificuldade em saber o que são, ainda mais atualmente, calcule vcs, homens...rsrs.

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    4. é...tá ficando cada vez mais rara a "coisa" - por isso mui dificil...pra alguns poucos.

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  4. Oi querida! Demorei né? Mas, estou aqui.

    Acredito que estas interpretações não tem acerto em erro. Apenas uma viagem em cada um de nós. De certa forma, fiquei contente por me ver nesta entrega. Raríssimas vezes me vi assim "em público", quando diante de certas situações.
    Agradeço ter me chamado. E me chame sempre, eu demoro, mas venho. Alás, o que nos tornou conectadas foi um acaso, lembra?

    Um grande abraço!

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    1. Valéria querida, vc é convidada eterna...rs, mas chamarei sempre sim. Obrigada!
      Bjs

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